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#Sol na Cara

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Além da relação, de sol/luz, esperança de mudança, apesar de ir contra a convenção, deixando o suor escorrer, sem se cansar!

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4.03.2013

Para alguns, a arte contemporânea não passa de um saudosismo. Acho que são as mortes (morte do gênio, morte da história) querendo reivindicar ressurreição. Dessa maneira, se o termo "arte" está nessa convulsão toda, a terminologia "artista", está a caminho. Os engenheiros, tecnólogos, designers, inventores vêm vindo com tudo. E não ficam só na problematização, eles afirmam. E os hibridismos correm nas veias dos conceitos e debates. Uma maravilha, porque o contemporâneo também é isso.

Gullar adentra na parcialidade ao falar sobre arte contemporânea, um discurso jogado aos cães. Como qualquer um pode fazer arte, tem até sentido dizer que qualquer um faz arte, essa arte que não é arte. O discurso atual satura o termo para essas manifestações. A partir daí, pode-se (re)conceituar: Arte é objeto com intenções estéticas produzidos até a década de 1950/60. Dessa data pra cá é outra coisa. Fim de polêmica.

Atualmente é inviável validar uma obra pelos recursos que utiliza, pela técnica, pela excelência ou primor da habilidade manual do artista. A arte contemporânea não renega o uso dos materiais, não falta habilidade artística. Como negar o lugar de Cildo Meireles? Impossível. Gullar nega o lugar do conceito na arte contemporânea. Acredito que ele erra em entender que os temas da arte contemporânea devem ser coerentes com a arte tradicional, ou com os seus materiais.

É uma arte que não segue sempre o mesmo rumo e por isso utiliza diferentes materiais e outras formas de abordagem. O artista deve ser livre e não se submeter as palavras de ordem vigentes. Essa discussão, embora ela não seja atual, é importante. O tempo atual é o da incerteza. A verdade é que uma arte reflexiva não agrada a classe média. Para agradar a maioria do público a arte deve ser decorativa, emotiva, superficial. Ferreira Gullar tem a cara de pau de defender a manutenção de uma arte do passado.
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