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#Sol na Cara

#Sol na Cara
Além da relação, de sol/luz, esperança de mudança, apesar de ir contra a convenção, deixando o suor escorrer, sem se cansar!

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1.04.2014


12.31.2013



Kumi trabalha em Nova York e tem um projeto que se baseia em usar um único fio preto e contornando pregos formar desenhos que lembram rostos humanos. 'Lembram' é modo de dizer, porque fica incrivelmente bem feito. Os pregos são martelados em uma superfície para dar melhor sustentação e forma aos contornos do fio.








12.28.2013

Você que embarga meu pranto e coloca o meu desespero na espera, e lê sobre forasteiros apaixonados e ciganos arrependidos, e diz que acredita em caminhos cruzados e que o meu peito fica elevado porque o amor pulsa com violência. Pulsão. 

E quase não respiro para escrever e os batimentos cardíacos viram palavras extensas. Eu me machuco, contraio, ameaço um beijo, curo e pareço heróí de um mundo estranho, mas você garante que sou mais o vício preenchendo a sua veia, e que o meu toque tão dormente te induz aos piores crimes da região, acordo com a sensação de que pintamos o quarto de amor.

Talvez tenhamos razão.

Talvez se perder é mesmo necessário.

11.08.2013

A última da noite ainda ecoa na minha cabeça tenho planos para mais uma vida mas acho que não vai dar tempo de viver tudo então faço escolhas cometo erros tento o que machuca menos, ledo engano, sei que será inútil prendê-lo aqui mais do que um desejo: primeiro queria que ele se mostrasse, fiz de tudo para que me adorasse, ele veio e se deitou, ambos temos fome de que algo aconteça. Podia não amanhecer nunca mas amanhece. Vejo como é bom longe de mim, aqui dentro falaríamos de escuridão. Minha pele saberá seu nome até que outro corpo venha e apague. Estou escrevendo assim para que se torna verdade mas minha pele sabe que não é tão simples. Tenho que atender o telefone, dizer que não estou, desculpar-me por cada verso, fiz ele imaginar coisas que eram até reais demais quando eu dizia quase que sem controle, seus lábios de tarubá queria que não houvesse começo fim mas que tudo acontecesse fluisse naturalmente a gente se encontrasse era feliz amigos que se apaixonassem todos seríamos mais o que fazer onde dormir sem perder a cabeça parar para refletir uma vida que todo mundo aproveitasse onde nada doesse nada sangrasse deixasse uma flor onde se amou. Ele ficava me ouvindo pensar assim. Não sabia dizer se eu era mal cruel ou a melhor coisa que já andou sobre a Terra se eu queria o bem de todo mundo ou só o meu. Existem milhões de festas, pessoas como nós, gente que você nem sabe o nome e a solidão e corpos e mais corpos e depois mais corpos e no meio disso tudo o nosso. A gente é pequeno, a gente é frágil, a gente quer quem torne tudo mais fácil, diga na nossa língua, corra nos dar um abraço, procure um alívio, cale a boca por um segundo, nos ame e não pare, nos ame e não pare.

8.01.2013

Nesta série de fotografias de Carl Warner, o corpo humano é contorcido, iluminado e manipulado para parecer paisagens áridas ou montanhas.
O fotógrafo com base em Londres, conhecido por seu trabalho “Foodscapes” (veja aqui), diz que todas as fotos são tirados em seu estúdio e procurar mostrar um corpo só, dando idéia de um lugar feito de corpos, onde corpos possam viver.
As imagens são manipuladas digitalmente, resultando em um trabalho fantástico.
Veja:
carl-6
carl-5
carl-4
carl-1
carl-2
carl-3
Portifólio de Carl Warner aqui.

7.25.2013

Diante da vaga duvidosa de qualquer coisa, desde que se venda, esses homens permanecem de pé e continuam sua obra, a despeito da incompreensão quase total de todo o mundo. Eles têm razão, porque, apesar de tudo, respondem a certas preocupações da sua época, tão múltipla em suas aspirações.   

(LÉGER 1989, p. 44, grifos do autor).


LÉGER, Fernand, Funções da pintura. São Paulo: Nobel, 1989

7.24.2013

Vivemos uma época rica demais, uma vida delirante, sem parar, dia e noite, que nos arma a cilada das suas tentações monstruosas.

Uma velocidade louca arrasta o mundo e pega-o num turbilhão em que milhares de “indivíduos-borboleta” serão afogados sem esperança.

Vida perigosa e magnífica para os que saberão nadar nesse caos belo como o mar - “não se deixar tragar”.
Um mundo de homens, sombras de homens, formiga à nossa volta. Quebrados, rejeitados, não puderam resistir Às forças negativas e destruidoras que toda sociedade traz em si.

Quero prestar minha homenagem a todos esses infelizes - esses libertados, esses abandonados -, a todos aqueles que quiseram viver livres, que quiseram gritar a verdade tão perigosa de ser dita - os que não quiseram ficar na calçada e foram vítimas disso. Quiseram chocar-se frontalmente contra as hipocrisias e as mentiras sobre as quais se edificam as sociedades. Nas prisões, nos asilos, debaixo das pontes, se encontram, tenho certeza, espécimes de humanidade admiráveis e decaídos, que não tiveram a força de atravessar essa linha média, razoável, sufocante, que a ordem burguesa estende pela vida para impedi-los de passar. Alguns conseguiram vencer essa barreira - são os criadores e os realizadores de hoje. À força de energia e de talento, eles se impuseram. Mas lembrem-se de que estes homens são da mesma família daqueles outros que acabo de citar...

(LÉGER, 1989, p. 105).

LÉGER, Fernand, Funções da pintura. São Paulo: Nobel, 1989

7.23.2013

É preciso poder ir aos museus. Vai se estabelecer uma classificação no espírito delas. Lentamente, evoluirão para as coisas belas... contanto que os artistas que forem seus contemporâneos não atabalhoem para eles uma arte inferior, com o pretexto de serem compreendidos mais depressa por elas. É preciso confiar nelas e deixa-las evoluir devagarinho. Será demorado, pois as artes plásticas são o coroamento das culturas das diferentes raças e civilizações. Será difícil, pois ainda não há exemplo de massas populares que tenham podido alcançar o Belo e a sua expressão.

Chegamos há uma época em que, acredito, esse fato vai se tornar possível: já é um começo. Uma cultura artística vai poder nascer. Uma arte decorativa uma arte mural vai se realizar, será a arte coletiva de amanhã. Mas essa nova arte dependerá ainda da criação individual

(LÉGER 1989 p. 101).

LÉGER, Fernand, Funções da pintura. São Paulo: Nobel, 1989

7.19.2013



Nós já mostramos aqui que de perto, bem de perto, ninguém é 'perfeito'. O fotografo Vertrand Boissim, francês, garboso e chegado em um zoom quefez um ensaio chamado Défauts de Fabrication mostrando os 'defeitos' humanos bem de perto. Aquela unha descascada, o pelo no dedo, o pelo na tatuagem, os cravos no nariz...Engraçado que tudo de perto fica mais...exótico, né?
Dá uma conferida nas imagens :}















Eu gosto de imaginar que quando o artista mexicano com base no Rio de Janeiro Christopher Guzman Hernandez decidiu criar sua série, ele pensou: como posso deixar a cidade maravilhosa ainda mais maravilhosa? E a resposta foi: com ilustrações, é claro! O artista mescla fotografias com desenhos e o resultado foi esse daqui ó:



Velero

elefante

flamingos

Rana

cantoya

dientedeleon

buzo

barcosdepapel

avestruz

astronauta

pinguinos

caballodemar

Rinoceronte

robot
Acesse o portfolio do artista aqui.

7.16.2013


A obra íntima do artista Fabio Baroli que utiliza a linguagem da pintura como suporte para desenvolver sua poética de conceitos da apropriação e do erotismo.
4.Apropria_es_Textuais_Aut_mato_auto_erotismo__OST_150x110cm_2009
Série "Apropriações Textuais" - Autoretrato
atelier de fabio baroli
Ateliê de Fabio Baroli.
Nada mais íntimo para um artista que seu ateliê. Nem mesmo um autoretrato nu - é o que penso. Fabio é Bacharel em Artes Plásticas  pelo Instituto de Artes da Universidade de  Brasília - UnB, o conheci em Goiânia na exposição coletiva do artista na Galeria da FAV. Lembro das pinceladas até hoje. Suas obras possuem um flagrante da realidade, mas uma realidade "inventada".
Fábio Baroli_Alfa caliente (o ciclo do amor)_óleo, pastel seco e carvão sobre tela (díptico)_150x220cm_2011
Alfa caliente (o ciclo do amor)_óleo, pastel 
Na série "Janela Indiscreta" o artista pegou fotos de anônimos na internet. Mas a série "Apropriações textuais" são de conhecidos. Seus trabalhos mais recentes trazem questionamentos sobre o regionalismo e o imaginário infantil no interior de Minas Gerais. Fizemos uma entrevista por email:
- Você saiu de Uberaba para Brasília, morou no Rio e agora está de volta à Uberaba. Como foi esse processo?
Saí de Uberaba para Brasília em 2003 para me ingressar no curso de Artes Plásticas da Universidade de Brasília - UnB. Falo de Brasília com muita delicadeza porque a cidade foi pra mim também uma escola de vida. Sobre o processo artístico, lá foi onde tudo começou. Embora tivesse uma pequena experiência que levei comigo, porém, sem muitas referências, na faculdade comecei a desenvolver projetos mais pertinentes, mais conscientes sobre o que representa uma pesquisa em arte. A partir de 2007 acabei me focando apenas pintura. Me mudei para o Rio em 2011 afim de dar uma repaginada na vida. Foi uma boa experiência. Agora estou em Uberaba novamente. O assunto discutido no trabalho me trouxe de volta. Desde 2011 tenho desenvolvido trabalhos que tratam de assuntos sobre a infância no interior e atualmente sobre o regionalismo.
Narrativas Privadas - Composição 1 (tríptico) Óleo sobre tela _ 26,6 x 62,8 cm _ 2009Série "Narrativas Privadas" - Composição 1
retrato nina ianchetti e marcio mota
Série "Apropriações textuais" - Retrato Nina Ianchetti e Marcio Mota
Fa_bio_Baroli_Sujeito_da_Transgressa_o_5_o_leo_e_carva_o_sobre_tela_di_ptico__150x220cm_2011
Sujeito da Transgressão #5
- Nas suas "Apropriações textuais", "Narrativas privadas" e "Sujeitos da Transgressão" você se apropria do corpo alheio com o nu. Mas em suas últimas obras (inclusive as que me enviou por email) não há esse corpo desmascarado, há ações desse corpo interagindo com o espaço - cotidiano. Como foi essa mudança de olhar para você?
De repente, no processo dos trabalhos, percebi que estava no Rio de Janeiro pintando galinhas e caipiras. Logo reparei que havia algo estranho. Eu estava alimento a poética do trabalho com assuntos que me remetiam às minhas origens. Voltei pra minha cidade natal, para procurar vivenciar esta poética com mais proximidade/propriedade.
Fábio Baroli_Bananeira_Óleo e pastel soco sobre tela (díptico)_100x160cm_2011
Fábio Baroli_Big Brasil_Óleo e carvão sobre tela (díptico)_150x220cm_2011
Fábio Baroli_Brucutu_Óleo sobre tela (díptico)_100x160cm_2011
Fábio Baroli_Dois cara véio apagando o fogo do curtiço da vizinha_OST_150x260cm (díptico)_2013
Fábio Baroli_Molecagem_Óleo e carvão sobre tela (díptico)_150x220cm_2011
Fábio Baroli_Uno zero ou uma Parati arregaçada_OST_100x160cm(díptico)2012
- Quais são os artistas que usa como referência ou que apenas gosta?
As influências são constantes. A cada série, tema desenvolvido procuro novas referências. Durante muito tempo fui influenciado por pintores como Jenny Saville e Eric Fischl, mais pelas técnicas que pelos motivos. Estudei bastante a obra do Edward Hopper também. Hoje, tenho uma grande predileção por Almeida Junior e seus temas rurais
- Geralmente, como é seu processo criativo até chegar aos novos trabalhos? Caderno de artista? Filmes, músicas, vivências? 
Sou praticamente um colecionador de imagens. Não costumo fazer esboços antes de começar uma pintura. Retiro uma imagem daqui, outra dali, abro um programa de edição e começo a compor. As influências vêem de vários lados, da literatura, da música, da história da arte, sobretudo das vivências, do cotidiano, das pessoas.
Fabio Baroli_Intifada_OST_220x480cm_2012
Fabio Baroli_Intifada01_OST_48x60cm_2012
Fabio Baroli_Intifada02_OST_48x60cm_2012
Fabio Baroli_Intifada04_OST_48x60cm_2012
Série "Intifada"
- Possui alguma ideia/conceito para a nova série?
Atualmente estou trabalhando paralelamente em duas séries "Muito pelo ao contrário" e "Meu matuto predileto". A primeira trata-se de uma série baseada em trocadilhos em que homenageio meu pai. As pinturas são desenvolvidas a partir de frases e anedotas com duplo sentido - em sua maioria há um apelo sexual. São cenas caseiras que passam pelas ruas do bairro ou ambientes familiares. A segunda trata-se de uma reconstrução da figura do matuto, em que procuro discutir o regionalismo de maneira mais centrada e reflexiva, numa tentativa de compreender e apontar questionamentos sobre o nosso momento. As imagens são também são retiradas do cotidiano e apresentam pessoas em suas relações com o meio, com a linguagem, a paisagem e a cultura no interior de Minas Gerais.
Fábio Baroli_Meu Matuto Predileto._OST_150x260(tríptico)_2013
Fábio Baroli_Gênesis3_OST_110x230 (díptico)_2013
- Como é ser um artista relativamente novo, na arte contemporânea brasileira?
Tenho um apreço enorme pelo período contemporâneo, pela liberdade de atuação que o momento favorece. Escolhi trabalhar com pintura que é uma mídia tradicional em que procuro discutir a própria tradição da pintura, da história da arte e sua historicidade, dos discutidos, das formas de representação, das narrativas, etc. Ainda considerado um jovem artista, tenho conseguido sustentar o trabalho e aos poucos conquistar um espaço respeitoso no cenário.
Fábio Baroli_sem título (Vendeta)_OST_160x140cm_MG_7790
Fábio Baroli_sem título (Vendeta)_OST_160x140cm_MG_7834
Fábio Baroli_sem título (Vendeta)_OST_160x140cm_MG_7912
Fábio Baroli_sem título (Vendeta)_OST_160x140cm_MG_7944
Mais de Fabio Baroli, aqui.