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#Sol na Cara

#Sol na Cara
Além da relação, de sol/luz, esperança de mudança, apesar de ir contra a convenção, deixando o suor escorrer, sem se cansar!

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8.15.2012

Eu me encontrei mais uma vez em uma página em branco, com aquela sensação alheia de estar por estar. Comecei a olhar o céu, o azul, as nuvens, mas só via telhas. Olhei em volta e vi móveis. Olhei e não me vi. Mas escutava o coração, então eu estava aqui.

Olhei pro criado-mudo, no canto, em contraste com a parede. Puxei ele e empurrei pro lado. A cama, desmontei e só deixei o colchão, que pus no meio do quarto. E assim seguiu, mexendo, trocando, repondo. Assim, bem visual e prático. Já na porta, olhei para cima, depois pro quarto. Coloquei uma música e comecei a escrever, na parede mesmo.

O peito doía. Resolvi trocar o coração de lugar. Os pulmões nunca incomodaram, então deixei como estava. Coloquei uma orelha no braço, maiss por praticidade do que estética. As costelas incomodavam, então joguei algumas pra trás. Me diverti um pouco com os rins, mas não mexi neles. Quando examinava os ossos, me veio um desejo súbito de café e não deu mais tempo. Sabe como é, essas quebras de expectativa.

Tomei o café, uma xícara bem grande e redonda e fui tomar um banho gelado. Mas por mais que eu mecho aqui e ali, e guarde as roupas no guarda-roupa, troque tudo de lugar, é algo que vai ficar sempre ali, num cantinho da lembrança, rodeado de saudades…
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