A vida é completamente contaminada pela ideia da arte para alguns, e nesse ponto, a arte parece às vezes nos dizer: vá, pode
ir, se emancipe, vá fazer o que quiser, me esqueça! Tudo se tornou muito lábil, muito
flutuante; como uma configuração da fluidez dos enunciados. O numérico faz o campo explodir e tudo termina em um universo de
proliferações, algumas conectadas, outras isolodas: duas imagens podem ser o rizoma ou a monada. Alguém que queira vender uma
teoria da arte curta, sintética e universalizada não pode me convencer, pois certamente estará falando de um lugar, de sua esfera,
seus pares e daquilo que vê, mas não podemos ver o mundo como um todo, a informação não é o saber. Vemos uma luta pelo poder
crítico; a arte de hoje é isso, a arte de hoje é aquilo. Talvez o saber científico devesse se renovar escutando a dimensão da natureza.
Isso poderia dar um fim para a pretensão do humano sobre o mundo, como anda regendo seus saberes, conceitos e categorias.
Existe uma nova demanda ou forma de o homem atuar no mundo, um modo mais humilde e dinâmico de participar com o seu saber.
As certezas desmoronam, a consciência das interações entre o campo científico e cultural, a renovação dos modelos, o desemparedamento
das disciplinas, e por isso, os espaços novos de criação e invenção. Um saber mais modesto se constitui frente às pretensões
da ciência clássica, mas ambicioso nas suas formas de acontecimento. A famosa disputa pelo poder dos conceitos, pelos pós-, neo-(s),
ou quão ainda virão, fica desqualificada a partir do momento em que lidamos naturalmente com os novos saberes, que consideram
o novo e o antigo como equivalentes e igualmente importantes.
10.07.2012
Assinar:
Postar comentários (Atom)
0 críticas:
Postar um comentário