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#Sol na Cara

#Sol na Cara
Além da relação, de sol/luz, esperança de mudança, apesar de ir contra a convenção, deixando o suor escorrer, sem se cansar!

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7.07.2012

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domingo, 24 de junho de 2012

Você não existe mais. Muito foi dito e conversado esse tempo todo que passou. Você tira facilmente do bolso a resposta dos problemas, e rabisca no guardanapo que vai te arrancar do ali-ausente. Eu digo que nunca conheci quem houvesse levado porrada. Chame de fé, chame do que quiser, o deus é meu eu que me resolvo com ele, apesar de ter endereço em outra pedra. Todavia, um dia, deitado na tua cama, ensopado de um suor que não era seu, você briu a janela para tomar aquele vento, refrigério da consciência. Era noite sem lua, não, um quarto crescente. Mas se fosse noite sem lua, contemplaria os deuses e astros? Você ri alto quando digo que seus gemidos abafam o som do panteão em órbita, do anel que gira e te mira com o olho dos que esperam. Entre tanto riso, foi alta a noite quando o deus chegou em sua porta. Ele te carregou no colo com todo o cuidado e te deixou exatamente no centro daquilo que eu vinha construindo para nós dois. Por isso e por agora é fácil ter resposta para o que você me nega, porque assumiu para o mundo que estava louco do afeto que não entendia. A sociedade em você enche desse bom senso fácil, do dedo que aponta, da máxima que degreda. Gosta tanto de atirar na lata de lixo da vida todos aqueles que ousam aparecer em enfusões daquilo que mais tememos porém sabemos que também está dentro de nós. Há quem não tenha cometido uma loucura por amor. Existe essa criatura que não sofre quando o assunto pula para fora da calça e vem deslizar pela braguilha dos teus órgãos mais vitais? Já de mim, assumo-te: fiz e vou continuar pecando. Passarei longos anos vendendo no atacado para trocar pela esmola de um bem-querer: isso de ser só é fácil quando se é pouco.

16:56
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