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#Sol na Cara

#Sol na Cara
Além da relação, de sol/luz, esperança de mudança, apesar de ir contra a convenção, deixando o suor escorrer, sem se cansar!

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7.30.2012

Hipótese 1. Este mundo é um esboço. Somos experimentos de alguma forma metafísica, que pretende, num futuro imponderável, construir um universo bem bacana e exato. Essa força, tipo um D'us ou sei lá o quê,  decidiu fazer um universo experimental. Quer cometer todos os erros que um Demiurgo pode cometer em sua obra para, nos universos a serem montados depois, não errar tanto. É por isso que somos tão imperfeitos e tudo é uma porcaria. Por isso que existem mendigos e advogados. Padres e testemunhas de Jeová no domingo de manhã. Jovens melodramáticos e aquelas músicas impertinentes. Tudo faz parte de um croqui inacabado, um universo café com leite.

Hipótese 2. Este mundo é o inferno. Pecamos antes. Bem antes de aqui chegarmos. E pecamos muito mesmo, o suficiente para alguma força metafísica, tipo um D'us ou sei lá o quê, criar este universo como forma de punição. E aqui estamos, pagando pelas cagadas em vida regressa, feitas num outro mundo imponderável. Por isso que atendemos ligações de telemarketing (forças infernais encarregadas de tonar a vida telefônica um inferno), pensamos que somos felizes, cortando as unhas que não param de crescer e dando a descarga. Por isso que existem mendigos e advogados. Padres e testemunhas de Jeová no domingo de manhã. Jovens melodramáticos e aquelas músicas impertinentes. O inferno, enfim.

Hipótese 3. Estamos aqui, e não poderíamos estar em outro lugar. Não pecamos, nem somos esboços, senão esboços de nós mesmos. Não há força metafísica ou outro mundo imponderável. Perdemos nosso tempo pensando bobeiras e falando demais. Muito mesmo. Transformamos nossas vidas em amontoados de conceitos registrados na moderna filosofia pseudo-científica (apenas a ocidental; as outras muito falantes falam muitas palavras de outro idioma muito cheio de palavras). Por isso que existem mendigos e advogados. Padres e testemunhas de Jeová no domingo de manhã. Jovens melodramáticos e aquelas músicas impertinentes. E assim perdemos nossas vidas pensando no que elas poderiam ter sido e jamais conseguimos achar as palavras que definam o que realmente somos.

Outras hipóteses podem ser questionadas. São infinitas. Mas uma força metafísica, tipo uma Brevidade ou sei lá o quê, impediu-me de continuar.
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