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#Sol na Cara

#Sol na Cara
Além da relação, de sol/luz, esperança de mudança, apesar de ir contra a convenção, deixando o suor escorrer, sem se cansar!

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7.06.2012


Estrela - Tron by the morning

"E depois da festa a gente se sentou na praça, as mochilas tintilando, as garrafas destilando alegria. E veio o outro que tocava violão, tocava bem, tinha seus poucos anos e tocava bem, e bebíamos e eu vi aquela bola branca no céu e eu disse valha-me Deus aquilo é o sol, e a gente ficou aqui até amanhecer, e já é dia.."

E amanhecia tão singelamente que não precisou de almofadas certeiras, de portas fechadas, de passos ritmados, não não precisava de nada. Removia o sono do rosto conforme o sol o velava. E tudo acontecia, tudo finalmente acontecia, e se perdia, não sabia pra onde ir, como fazer, se ia dar certo, se conseguiria ser bom naquilo que sabia fazer. Se seria bom em saber viver. O carpe diem escorregando pelas mãos como fumaça do café que ali bebia, a fumaça do incenso que ali tragava lhe perfumando. Só queria ir embora.

Em algum lugar há pessoas reais com histórias reais. Não há fraudes. E só queria ser lido, mas lhe disseram que pra ser lido tinha que escrever. E escrevia, escrevia, quebrava os dedos de tanto remoer. Mentira. Não escrevia. Queria ser lido, queria que lessem sua carne, seus delírios, suas fugas e perspectivas. Mas acontece que liam. Só não era suficiente. Então ele tentava ser mais, criava mais, tentava ser melhor e era ruim ruim ruim pra não gostarem dele. Mas gostavam. E só queria ficar.
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