Gue levou um tapa na bunda. Apanhou porque usava um chocalho como chupeta enquanto engatinhava pela sala. Não entendeu quando os seus pais o abraçaram e beijaram só porque ele apontou e disse 'motoca'. Só queria se livrar daquele aparelho para comer quanta bobagem puder. Além do mais ficava difícil pegar uns brotos assim. Só Paulinha que o amou, e foi amada, debaixo das estrelas. A euforia da formatura se misturava com sensações e idéias. Não queria aquele emprego. Talvez pegasse a moto e voltasse lá um dia; afinal, é perto da casa da sua família. Não tinha pressa. Queria curtir a vida, e aquele escritório era passageiro. Resolveu sair do asilo, tinha saudades de casa. Queria ver mulher e filhos. Fazia tempo que não os visitava; Sentia frio ao entrar naquele cemitério. Não conseguiu segurar. Não importava. Não perdeu a ternura.
8.21.2012
Postado por Unknown
terça-feira, agosto 21, 2012
com nenhum comentário até agora
Categories: Escritos
Assinar:
Postar comentários (Atom)
0 críticas:
Postar um comentário