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#Sol na Cara

#Sol na Cara
Além da relação, de sol/luz, esperança de mudança, apesar de ir contra a convenção, deixando o suor escorrer, sem se cansar!

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9.24.2012



A minha vida inteira foi indeferida. Medos, mal-estar, sabotes. A verdade é que não se trata da vida e finjo querer saber. Desejos constantes, tomo emprestado nuances e acontecimentos, que mantenho escondido para remoer, roer até o último osso, e quando se desgasta vou atrás de mais. Mas um bicho acanhado nunca vai ser predador. Então eu fico vivendo uma segunda vida, acomodado, tal qual um gato grande e gordo que só quer o gozo da vida. Fantasiei sim que fazia parte daquele lugar, daquela vida, por que não? A cidade, tão bondosa me acolhera no primeiro ímpeto. Tão formosa.




Aquela vida não existiu. Era como se eu estivesse vivendo um sonho. Um sonho dentro de um sonho, que fatamente se transformava em pesadelo. Não se lembra da sensação de fuga? De permanecer um maior abandonado? E as pessoas, os questionamentos, tão efusivos! Como se eu estivesse por algum momento realizando os sonhos e os desejos de toda a espécie. Mas da cadeia alimentar que come os meus cigarros, estou em algum limbo no meio dos predadores. O estômago ronca. Mas não há alimento que me sacie. Já não há pombos, não há mendigos, tampouco. O frio carregou todos, como um afago quando te acalentam e te põe pra dormir, mas com aquela sensação de acordar sozinho na cama. aquele vazio, de roçar os pés, e se mecher já consciente, como se esperasse encontrar alguma pele para se aventurar. O frio tem me lembrado da formosa. As perdições. O limbo. Talvez hoje eu durma no sofá.


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