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#Sol na Cara

#Sol na Cara
Além da relação, de sol/luz, esperança de mudança, apesar de ir contra a convenção, deixando o suor escorrer, sem se cansar!

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9.17.2012



Parecia que tudo foram em uma outra vida. Era como simplesmente aquela vida não existisse. Com exceção de alguns fantasmas, daqueles que ao pensar você balança a cabeça para tentar fazer ir embora. Mas acontece que não vão. São parte de você.
E eu estava cansado de ser o mesmo desajeitado, preguiçoso, irrefletido. E ali, com tão pouco, só me restava ler. tomava o café da manhã acompanhado de um livro, descia até o estacionamento para fumar, voltava, escrevia, desenhava, comia, dormia, pintava, lia... Acho que morrer é mais ou menos assim; levar tão pouco e ao mesmo tempo se recordar, se desprender de tudo.
Não conseguia me ver ali, tal como eu fora um dia. Lá eu fingia ser, fingia que não estava só, dolorosamente como um sonho. E aqui, só tenho a mim. Isso é bom. eu acho. Mas se for conclusivo esse estar aí, será que acostumarei a ficar contente com minha própria solidão? Meu corpo revela estar vazio, roído, ansioso. Por Deus, quem sou agora?
Imagina o frio que faz aqui agora, a manhã tão quente e os pombos mangando por eu me demorar tanto no sofá. Roído sim, roído por dentro, confuso. Uma vontade louca. Aquela. Se lembra? Vontade de não dar sentido às coisas., às palavras e à própria vida. Assim como é a vida na realidade: ausente de sentidos. Caralho, como faz frio nesse mundo.
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